POST de 29.02.05
Acho que me sinto mais tranqüila hoje. Mas também, se eu não estivesse protegida das minhas próprias angústias, depois de quase duas semanas e meia de reflexões ininterruptas, acho que teria um colapso nervoso. A visita de minha cunhada Luciana ajudou a desopilar um pouco dos assuntos que dizem respeito a mim em Recife. E, mesmo tendo feito o típico cicerone “turistão” para ela e o marido Mario, os papos giraram em torno de tópicos curiosos e divertidos.
Ter visto Menina de Ouro por esses dias de tormenta foi muito bom para mim...
Cinema clássico de Hollywood, mas com direção e atuação sólida de Clint Eastwood. Não há como não se emocionar! Tudo bem, alguém pode contestar e dizer que a proposta do filme é, intencionalmente, a de fazer chorar e desmerecê-lo do posto de obra prima por ter tal intuito comum a grande parte dos blockbusters americanos. Mas, as mesmas intenções em indivíduos diferentes não resulta em iguais atitudes. E isso acontece com os diretores de cinema: a maioria tenta, mas poucos conseguem imprimir uma marca autoral nas suas películas. Eastwood, para mim, realizou um filme de roteiro triste e fórmula cansada sim-há alguns personagens caricatos e cenas clichês- mas é uma obra onde a emoção do espectador não é arrancada com didatismo e sim com cenas reflexivas sobre a solidão humana e imagens de luta plásticamente incríveis (lembrei de "Touro Indomável", guardando as devidas proporções, é claro!).
Acho que me sinto mais tranqüila hoje. Mas também, se eu não estivesse protegida das minhas próprias angústias, depois de quase duas semanas e meia de reflexões ininterruptas, acho que teria um colapso nervoso. A visita de minha cunhada Luciana ajudou a desopilar um pouco dos assuntos que dizem respeito a mim em Recife. E, mesmo tendo feito o típico cicerone “turistão” para ela e o marido Mario, os papos giraram em torno de tópicos curiosos e divertidos.
Ter visto Menina de Ouro por esses dias de tormenta foi muito bom para mim...
Cinema clássico de Hollywood, mas com direção e atuação sólida de Clint Eastwood. Não há como não se emocionar! Tudo bem, alguém pode contestar e dizer que a proposta do filme é, intencionalmente, a de fazer chorar e desmerecê-lo do posto de obra prima por ter tal intuito comum a grande parte dos blockbusters americanos. Mas, as mesmas intenções em indivíduos diferentes não resulta em iguais atitudes. E isso acontece com os diretores de cinema: a maioria tenta, mas poucos conseguem imprimir uma marca autoral nas suas películas. Eastwood, para mim, realizou um filme de roteiro triste e fórmula cansada sim-há alguns personagens caricatos e cenas clichês- mas é uma obra onde a emoção do espectador não é arrancada com didatismo e sim com cenas reflexivas sobre a solidão humana e imagens de luta plásticamente incríveis (lembrei de "Touro Indomável", guardando as devidas proporções, é claro!).
Saí do cinema pensando em tudo de triste e confuso que senti sobre a minha existência nas últimas semanas e me perguntei se, de fato, não vale a pena ser um pouquinho mais parecida com a Maggie-personagem principal do filme. Ela assume a condição solitária dela no mundo e canaliza toda a sua miséria eminente em entusiasmo e dedicação por uma única coisa que acredita: o boxe! Mais admirável ainda na sua personalidade foi insistir em se aproximar de um velho treinador duro e rabugento-aparentemente, sem muito pra oferecer além dos seus conhecimentos técnicos-e ter cativado (a duras penas) não só um parceiro eficiente para o trabalho, mas um amigo de verdade na vida!
Isso ficou na minha cabeça, sabe! Essa coisa da gente (é até inconsciente) só querer se aproximar de quem é simpático, bem sucedido e feliz não é sinônimo de felicidade na relação com aquela pessoa. Fiquei pensando muito na importância que existe em não fazermos julgamentos precipitados ou influenciados por terceiros em relação a alguém que, no final das contas, pode ser um amigo muito mais potencial do que quem está ao nosso lado. O que quero dizer a mim mesma, aliás, o que quero me educar é de estar sempre protegida e desconfiada em relação às pessoas, mas não deixar de ter o coração aberto aos “rotulados” e “julgados” - coisa que acontece muito aqui em Recife! E também não desperdiçar tanta preocupação quando me encontrar em situação parecida, porque a nossa verdadeira essência sempre vem à tona e eu confio na nobreza da minha! Tudo é questão de tempo e de não deixar as suas expectativas te atropelarem! Chega de estar tão paranóica com a minha aceitação nesta cidade, a única coisa que devo ao próximo é educação e respeito. A mim, mais do nunca, devo paz de espírito e felicidade, e acho que a concentração nos meus objetivos e dedicação as pessoas que amo pode me ajudar bastante a conseguir isso...
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