“Hoje nós sabemos que, bem antes de ‘vir à luz’, a criança percebe a claridade. E escuta. E que, do seu cantinho escuro, ela espreita o mundo.” (Shantala-Frédérick Leboyer)
Me sinto privilegiada por poder estar apenas cuidando do meu bebê neste seu início de vida, mas e daqui há seis meses? E depois? Será que eu já gostaria ou me sentiria segura em deixá-lo em casa com outra pessoa para ter que trabalhar? Não posso negar que já penso nestas questões, mesmo estando tão feliz com sua presença e sensível ao encanto que é acompanhar seu crescimento day by day!
É muito triste quando penso nas “pobres mães”e também nas mães pobres que não se permitem ou não podem se permitir esse… prazer, ou outros diriam hoje: luxo! Luxo?! Eu me pergunto e tenho refletido sobre esta questão com algumas amigas…
“Acho que estamos vivendo a sina da mulher moderna, amiga. significa que somos mães responsáveis e temos consciência que esse mundo é uma doideira! o negócio é não se desesperar e sacar que rolam tb muitos hormônios malucos no comecinho dessa experiência… afinal, foram milhares e milhares de anos só cuidando dos bambinis (a responsa de trazer comida prá casa era exclusivamente masculina)… agora que conquistamos nossa independência temos que nos adaptar a ela, e é um processo doloroso mesmo.. mas sobreviveremos! por enquanto todas têm sobrevivido, né?” (Iara Sette-Trecho de um e-mail que recebi hoje, 25/03/09 )
“Pois é, nós mulheres nos colocamos muita pressão nessa vida terceiromilenista. Temos que ser independentes, fortes, grandes profissionais, excelentes mães e estupendas amantes. Haja, minha filha, haja, heheh! Às vezes é importante baixar os decibéis da exigência e ver o que realmente queremos viver em determinado momento da nossa vida. Uma coisa de cada vez! Acho que quando Deus facilita que uma semente germine dentro de nós é porque quer que sejamos mães naquele momento. Que nos encontremos com nosso lado bicho, fêmea procriante…”
Mesmo com tantas questões e considerações, eu tenho seguido atenta às deliciosas mamadas do meu Joaquim e registrado ávidamente as suas carinhas e munganguinhas reflexivas de uma ânsia em desbravar e dar significados a este novo mundo que ele aterrissou…
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