quarta-feira, 5 de maio de 2010

questões

 Olha... a minha vida anda num ápice de tantos desafios, questões e transformações, em especial, nas últimas duas semanas (porque elas, de certa forma, são "tópicos" que já me acompanham a algum tempo!), que quase não consigo responder as "perguntinhas profissionais" de minha querida colega de MBA e talentosa designer de acessórios, Maria Ribeiro.
Mas bem, me coloquei hoje esta tarefa como questão de honra e disse isso à ela pelo telefone! Então, como tenho andado num "tempo tão descompassado" e mal pude escrever aqui no blog-assim como também não tenho conseguido solucionar com a rapidez necessária as "minhas questões em urgência"-, publico agora o que me foi minimamente possível de dizer!


deMaria Ribeiro
paraalinhada@gmail.com
data19 de abril de 2010 12:29
assuntoEntrevista Profissionais de Moda
enviado porhotmail.com
ocultar detalhes 19 abr

Olá, Carol!
 
 Fui chamada para falar para os estudantes de uma faculdade de moda daqui da cidade, sobre o Mercado de Moda local. E a minha idéia foi colher informações diretamente com empresários e diversos profissionais de moda daqui de Recife. Por isso estou entrando em contato contigo, pois gostaria da sua ajuda, por favor, responda as perguntas abaixo de acordo com  a sua ótica sobre a moda em Pernambuco e principalmente em Recife. 
   1.      Qual o seu nome?
    Caroline Monteiro Jacintho de Oliveira

2.      Qual a sua profissão? Qual o nome da empresa?
    Eu sou jornalista de formação, mas nunca trabalhei em veículos e empresas de comunicação propriamente da área. No entanto, já desenvolvi muitos trabalhos no audiovisual sempre ligados à cultura, assim como já fiz muitas produções culturais.
Em 2005, eu montei intuitivamente uma marca chamada espelho meu- junto com uma sócia. Foi meu início formal de trabalho com a moda, além da minha paixão e interesse que já existia desde cedo. Depois desta parceria, veio a minha marca, a Alinhada. Bom, eu falo um pouco mais desta experiência no seguinte release que está disponível on line:


www.alinhada.worpress.com/alinhada


Estas três perguntas abaixo Maria, podem ser respondidas lá no release, q tá bem redondinho!

Só falta dizer que foi uma consequência natural do meu envolvimento com criação de moda eu querer partir para outras prestações de serviço, como produção de figurino. Pois, além de não ser fácil pagar as contas criando moda independente, eu tenho uma grande paixão e interesse por cinema também e, assim, fazendo este trabalho eu tento unir as duas coisas, entendes?! ;)

3.      Quanto tempo de experiência você tem nessa profissão?
4.      Há quanto tempo você atua no mercado pernambucano?
5.      Por favor, explique um pouco sobre o seu trabalho.

6.      Como você enxerga o mercado de moda pernambucano?
   Olha Maria, eu enxergo o mercado de moda da mesma maneira que vejo boa parte dos outros: com a maior parcela de compradores e estímulos institucionais voltada para o "mainstream" das marcas já famosas ou as empresas que produzem em larga escala- como aquelas de Toritana, Santa Cruz e Caruaru. Mas, é claro que, de certa forma, que aqui em Recife já existe um pouco mais de espaço para o estilismo independente talvez por conta do processo de auto valorização da cultura local que o movimento mangue beat iniciou... Como este estava, intrinsicamente, ligado também a um estabelecimento e afirmação de uma imagem, "esta moda" utilizada para a construção visual do movimento precisava ser produzida (intuída) por pessoas que estavam vivenciando de perto a efervescência do que estava acontecendo. Então, a partir daí eu acho que a moda local também passou a não só valorizar, mas precisou também ressignificar elementos da cultura popular para começar a ter uma identidade de estilo- o que pode ter sido o ponto emblemático de interesse para que se enxergasse a área também como um campo profissional... Também acredito que exista aí nesta construção da moda pernambucana um estímulo da importância econômica do pólo das cidades citadas acima, que se vislumbra como um local de muitas oportunidades de empregos no setor. Mas que também, a meu ver, esta região não dá muito espaço para os cargos de personalidades criativas e sim de "orientações de repetição da grande moda" também- além, é claro, de todo o entorno de serviços, administração, gestão e cia.
Mas enfim, salvo MelK Zda e algumas outras exceções com identidade criativa de fato- que não necessariamente se sustentam-, eu ainda vejo a moda local muito calcada nas repetições e no mainstream que mencionei acima... Acho que as iniciativas independentes e empreendedoras para estimular e criar uma moda verdadeiramente local ainda são de iniciativas bem independentes e pontuais!
 
7.      Do que você sente falta na moda pernambucana?
Sinto falta da moda independente pernambucana também começar a ganhar mais incentivos governamentais e, assim, esse aspecto institucional começar a de fato reconhecê-la como um importante aspecto de identificação cultural. Como também sinto falta desta indentidade propriamente dita. Pois vejo que muitos estilistas que buscam releituras dos aspectos da cultura pernambucana, na maioria das vezes,não criam alguma nova autenticidade na moda daqui, e sim evidenciam clichês! Na minha opinião, uma moda pernambucana com identidade local também pode ser inspirada na cultura urbana, mas isso também vai depender dos filtros de sensibilidade e verdade criativa de quem faz!

  8.      Que mensagem você daria para os estudantes de moda (futuros profissionais)?
Que reflitam sobre o que disse na questão anterior e, acima de tudo, identifiquem uma verdade e uma meta para o tipo de trabalho que desejam desenvolver. Tipo, mesmo que venham a fazer uma moda comercial, que, ainda assim, tentem colocar um pouco de reflexão e alma tanto nos meios, nos processos e nos fins! 


Gostaria de pedir  também uma  ou mais fotos do seu trabalho.
Baby, isso tem lá no meu orkut e facebook, tu podes pegar lá?

Beijokas

Muito obrigada pela colaboração!
Maria Ribeiro
Designer de Acessórios

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