Eu só consegui começar o meu dia de afazeres a pouco menos de meia hora, pois estava colocando o meu pequeno para dormir desde às 10:40 da manhã... E sabe porque ele demorou tanto? Não porque estava sem sono-ele estava era com muito!- mas, muito por conta, justamente, da minha ansiedade em começar o dia...
É impressionante a ansiedade que me aflige todas as manhãs quando chego do Yoga e termino o café, seguido de um banho... Sempre fico um pouco assoberbada em relação a qual "ítem da minha agenda" devo priorizar, termino perdendo pequenos momentos da "minha real presença" comigo mesma e ao lado do meu filho- que sente do seu jeito isso... (Assim como eu!)
Tanto sente que, quando me disponho- com uma certa inevitabilidade de culpa-, ao colocá-lo para dormir todas as manhãs, ele denuncia a minha "presente-ausência" se recusando a fechar os olhos porque sabe que, mesmo que eu dê beijinhos e cheiros na sua cabecinha e cangote com muito amor, na real, a minha presença não está inteira ali naquele momento e sim dividida com um turbilhão de demandas que nem sei se vou conseguir dar conta depois dali...
Tanto sente que, quando me disponho- com uma certa inevitabilidade de culpa-, ao colocá-lo para dormir todas as manhãs, ele denuncia a minha "presente-ausência" se recusando a fechar os olhos porque sabe que, mesmo que eu dê beijinhos e cheiros na sua cabecinha e cangote com muito amor, na real, a minha presença não está inteira ali naquele momento e sim dividida com um turbilhão de demandas que nem sei se vou conseguir dar conta depois dali...
... e essa minha busca incessante (e acho que de todos, não?)"pelas coisas" é para o que na sua verdadeira essência, para quais fins de fato- fora o sustento financeiro?
Cada vez mais me dou conta que nossas escolhas pessoais, pragmaticamente justificadas, refletem de forma considerável e política não só nas nossas construções de mundo e sim na de todos ao nosso redor... Imagina na de nossos filhos?!!! É uma "responsabilidade-armadilha" a criação de um filho, muito também pela questão de estarmos nos criando e nos reiventando em paralelo a tantas ansiedades e afazeres que nos impedem de contemplar e singularizar pequenos momentos... E parece que muitas vezes precisamos de filmes e fotos dos outros para resignificar eles nas nossas vidas!
(parênteses)
Eu estou angustiada com o fato de ter voltado a ficar free la, e, ao mesmo tempo, voltei a ficar free la porque "quase adoeci" com o fato de trabalhar muito para outras pessoas e projetos e não acompanhar as sutis evoluções de crescimento do meu filho- que completa 2 anos do próximo dia 17, por sinal. Também confesso que não ganhar o suficiente para essas renúncias, também pesa. No entanto, não ter alguma grana certa para pagar as contas básicas no final do mês me faz perder o equilíbrio em relação a viver um dia de cada vez crendo nas minhas escolhas...
... pedi para sair do meu último emprego- na Fina Produção (da querida Melina)- não pela falta de apreço ao lugar e trabalho e sim pela necessidade de ficar mais livre para escrever a monografia da minha pós-graduação em Moda, assim como para ter mais tempo de focar e "projetar" os meus projetos e principais interesses...
Mas, é estranho como para mim tudo isso que eu tinha em vista se dilui fácil nas demandas prioritárias e emergenciais do dia a dia como: dormir, comer, cuidar de Joaquim, fazer amor, fazer yoga, meditar, pagar as contas e- porque não e sem hipocrisias- checar os emails, o facebook e tentar não se tornar uma pessoa invisível na net...
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