quinta-feira, 25 de março de 2010

Onde Vivem os Monstros

Eu assisti ao filme mais recente de Spike Jonze- Onde Vivem os Monstros- a mais ou menos duas semanas numa sessão ao meio dia no Shopping Plaza em pleno domingão de sol... e ainda ressacada depois de uma noitezinha de farra aqui em casa!

Inevitavelmente, a caminho desse "programictho" eu me senti um pouco esquisita e me questionei: "too much cult" isso, não? "Enfins", cinéfilo é assim mesmo, adia o momentinho de plenitude com o filho, a fome do almoço e o cansaço da rebordosa pra matar a curiosidade de ver um filme de um diretor que admira (no caso, eu fiquei "in love" com Jonze por conta de Quero Ser John Malkovich e Adaptação).
Ainda mais quando a cinéfila "eu aqui" é casada com um cineasta não só cinéfilo. Mas que direciona de maneira passional, quase cega, as suas prioridades de vida para pesquisar, analisar, conversar, compreender e realizar a sétima arte! Parece glamouroso? "Né não nega", na prática é difícil competir com a sedução do cinema-falando aqui em todos os aspectos e também nas entrelinhas, sem maiores explicações!

Tirando os inevitáveis comentários rabugentos e filosóficos do meu dia a dia "beeem" pessoal, é claro que foi ótimo ter ido! Lá eu também não pude deixar de encontrar alguns outros queridos e conhecidos esquisitos- ops cinéfilos ;), hehe- como Iomana Rocha, Fred Navarra, Fábio Ramalho, Eron (escrevi certo?)...

Bom, eu não pretendo fazer uma crítica do filme. Não só porque não tenho "cacife" mesmo para este tipo de ofício, como também pelo fato de estar escrevendo aqui só pra divagar... E o filme foi um mote na verdade!

Há uma alegoria do título e do que se trata a estória com as sensações que venho tendo ao retomar a vida cotidiana "pós-realização" do longa (Eles Voltam) de meu marido Marcelo- que nos deixou financeiramente quebrados e fora de tempo com tantas coisas! Sem contar que como Joaquim já fez 1 ano, está indo todas as tardes ao berçario e-como disse em outro post-eu já tenho alguém firmeza pra me ajudar, começam também a se intensificar uma série de cobranças de todas as partes... E principalmente de mim!

Tenho que me reconectar de corpo e alma (assim como estive com Joaquim!)- e em caráter de urgência- com a realidade além da pureza deste universo e relação materna!
Preciso (?!!!) voltar a me sociabilizar mais e melhor... localizar este mercado de trabalho, o mundo acadêmico... Onde percebo que, além de bem lá dentro de nós, THE WILD THINGS "ALSO" ARE!

(Parênteses): Recomendo o filme! Ele era sugerido em um trailer que vi, como um tipo de fábula infantil...  Mas sinceramente, achei um filme adulto e reflexivo que se apropria de elementos lúdicos e de uma aparente simplicidade para ilustrar uma trajetória de busca interior e auto-conhecimento de um garoto... Na verdade, dá para encontrar vários paralelos nas nossas errantes, duras, porém construtivas trajetórias da vida adulta!
Ressalto as soluções de arte e locações como um dos aspectos bastante interessantes e importantes na consolidação e evolução da narrativa.

"...é uma metáfora de crescimento interessante." "...uma discussão sensível, verborrágica e um tanto depressiva sobre a infância e amadurecimento.", como diz Érico Borgo em:
http://www.omelete.com.br/cinema/critica-onde-vivem-os-monstros /

3 comentários:

  1. programei tanto ir, aliás, eu e a Ana.. e não deu tempo.. saiu de cartaz aqui em Ssa.. agora é esperar na locadora.. e, é verdade, filhos crescem e a gente precisa voltar ao mundo 'real'.. ai, ai.. bjs,

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  2. Eu assisti esse filme esses dias... também achei o filme bem adulto. Mas o cinema estava cheio de mamães com seus filhotes perguntando: "O que ele disse? Pq? Onde ele foi?". Essas coisas... Eu fiquei me perguntando pq uma mãe leva o filho pequeno pra ver um filme legendado...
    Mas o filme é ótimo, gostei muito, mas ainda estou esperando a "Alice" passar por aqui e me surpreender muito mais! =D
    Beijocas, flôr! Fico feliz de vc estar conseguindo retomar a vida social! =D

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  3. Pois é Tati, o filme é no mínimo para adolescentes, neh? E acho q para entender a complexidade dele além dos bichinhos, esse adolescente tem q ser sensível às artes! hehe
    Obrigada pela atenção!
    Sil, corra pra ver o filme... é emocionante... dialoga muito com nossas complexidades amiga!

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