…1 mês sem escrever! Além do habitual caos que me indisciplina e paira sobre minha não-rotina, a ausência aqui se deve à inúmeros contratempos que começou com o “surto no ateliê”… Um dia depois fomos eu, Guto, Marceliita (a modelete) assaltados na frente da casa de Cris Babado quando estávamos à caminho de uma prova de roupa da segunda coleção aqui em casa. A abordagem deste foi a mão armada e trouxe uma descarga negativa de adrenalina muito mais punk do que o primeiro assalto que sofri mês passado. Sorte, mais uma vez, que não houve nenhuma agressão, mas este tipo de situação já é uma violência! A sensação de vulnerabilidade é tão grande e você fica se perguntando até quando vai ficar dando graças a Deus por “pelo menos” não ter levado um tiro!
Logo depois do acontecido tive que ir nas pressas pro Recife dar continuidade a produção da segunda coleção. Ótima troca de ateliê e uma maravilha voltar a bater bola com a piloteira e costureira Dona Marluce, mas foi irônico ter que “desencantar” de João Pessoa- minha principal base de trabalho… Ainda tive, no meio disso tudo, situações amorosas- obviamente, também fora de JP,que sugaram bastante minha energia e concentração. Como manter o equilíbrio necessário para o ganha pão quando ele está intricado na sua vida pessoal?! Me agarrei nesta sabia frase de Clarice Lispector- “não se preocupe em entender as coisas da vida, pois viver ultrapassa qualquer forma de entendimento”- e estou fazendo meus esforços internos para não me paralisar em questionamentos!
Tenho que resolver, ter fé e acreditar que este modesto trabalho vai gerar frutos e que algum desses frutos enraizem algo mais seguro dentro de tantas incertezas- como, por exemplo, “ficar parindo”coleções de moda de forma independente. Bem, tenho que remar a favor da maré e ficar atenta para as suas viradas… só não quero me afogar no caminho Meu Deus!
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